terça-feira, 20 de outubro de 2009

Poemaldito

Segura-te a sede de verbo, boca maldita!
Que o açoite é a sorte do espanto
Que o chão é a moléstia do encanto
E quem conta um conto, sabe a garganta que tem

Ode boêmia

Queria eu um só de pensamento
que esclarecesse o amor por minha boemia
as cervejas, as luas, o relento
Em botequins, a noite vadia

Violões sambantes e trovas mil
O causo nosso de cada dia
Cantava ali o destino tão vil
A escarnecer aquelas vidas vazias

Somos pensadores formados bebums!
em loucos planos de picardia
A resposta pra dor de cada um
Tambem guerra, saúde e economia

Por isso, tomemos mais um gelada
se em duas noites seguidas, que bom isso seria!
A esperar outro sol, tomemos todas as rodadas
sem perder lugar na roda da boemia

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Amores palhaços

Queria eu um verso só.
Que exprimisse todas as palavras,
de tudo o que eu sinto,
assim como desejam todos os poetas fracos.

Porém, se olhar atentamente
verá que com esse aqui são seis.

E que no apesar das contas
nem os números, ou quantidades
são importantes

E quem diria, quem diria
Que no fim das ditas cujas,
Estariamos nós a cantar besteiras
Num canto qualquer

Rindo um um do outro

Por sermos palhaços bobos,
que de tão bobos
Somos bobos juntos
E beijamos nossos narizes!