domingo, 18 de dezembro de 2011

Lenga nº 18122011




na rua do marquês, número dozentos e meio,

surge um questionário, livro aberto carcomido,

que multiplica

um vezes um, vezes um, vezes um, vezes um,

vezes um, vezes um, vezes um, vezes um, vezes

um, vezes um, vezes um, vezes um, vezes um,

vezes um, vezes um, vezes um, vezes um, vezes

um.

_dá trezentos e pouco.
_ é, eu sei.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Lenga nº 51 - reza

_Tá 'bençoado, porra.
 
 
"ai meu são buk do alambique, protegei-nos do trambique, do trabuco, da ressaca e do chilique!"

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

just do it



alarga e cresce, represente, obedeça
seja seje invente nasça
padeça
pereça

Olhe cante tombe mate ouvide
esqueça

Olhe cante tombe mate ouvide
esqueça, teça

Leia, pare, conte comigo
um dois três às terças
Sonhe solidifique o chão
da tua cabeça

bata o prego, pregue zeus
odin madre tereza

bata o prego pregue deus
babá cain cerveja

bata palma o pé a porta
bata palma o pé a porta
bata palma o pé a porta
bata palma o pé a porta
aporta
entenda

entenda o estático

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Lenga 78 - reminisco



descarna o peito um verbo, era teu pretérito
jogado ao meu, peito ateu (_____)

pent-a-teu-co sujo

,pentátlo moderno:

-lavar... moer... estressar... digerir...foder-

quem era TU monstro amargo amigo santo?

era eu

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Lenga nº 2222 - grito mínimo



abro o peito, a árvore e grito:
Pois que sim, sou seu senhor!

retorno feito coca um litro:
Pois que sim, sou desertor!

E alguém lhe diga, a mim:
_Ó moço, se esqueça
a poesia a pena tem

_de mim?
_E de quem mais não?

-saiba-
Na mão do tempo, sou areia
que a ampulheta desistiu de contar

Abro o parênteses, choro e canto:
Pois que sim, sou gozador
tem pena d'eu, poesia

Que algum verso é teu pra variar.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Lenga nº -1 - Fragmento ancião



Onde tem a hora
Senhora
Contém todo antes agora
Sonora
Contente servente que chora
Gangórra

Que o dia de hoje
amanhã lhe faz jus   
no ontem, a cor da
luz

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Lenga nº 030789 - Desejoso comentado



Comendo o taco do chão (...)
Ao molho(...) dos pés dos passantes
Do ninguém do meu quarto
Um nome a ouvir (silêncio)
Quando (,) se quer pela noite
Uma voz (,) a se esperar
Entre a net (dot) e a rede de dormir
Iria eu (?) , pregueçoso esperar ela falar (?)

Naaa

(anagrama desnecessário)

Desejo
Auspicioso
Nítido,

(pausa dramática)

Intensamente

(aliteração chula)

Entendido da sua
Lonjura

domingo, 23 de outubro de 2011

Carta-conselho a um amigo, por dez real



Entendo a questão do tempo e de não haver nada além de calor e distância nesta sua cidade. É de se perder no horizonte reto, sem nada que lhe faça lembrar um morro ou inclinação, para cima ou para baixo.

Assim, as metáforas da vida são menos simples, aí onde está.

E nesse tempo idiota que te lembra umas lágrimas e alguém que era só temporada, um samba de cortar o coração do da viola começará no seu player interno, mas engole seco e afarinhado o desejo dessa peleja, de não querer a volta e de crescer, emburrado e intenso, nesse plano no meio das coisas. O tempo, que às vezes para no ponteiro do segundo do escritório. O tempo que corre de canelas ensebadas na primeira diversão da semana. E tudo que às vezes é melhor esperar pulando de alegria. A frieza que se aprende se mantendo sentado. Todos os momento e minutos corridos ou arrastados, amaciados no primeiro copo de cerveja que lhe é servido. Preferivelmente, somente de segunda à segunda.

Não queira aí uma sala de espera.

Se alimente de si na distância que percorre, tempere as coisas com molho inglês e paciência britânica. Nunca foi de alarde, não é mesmo? Entenda a filosofia dos poucos que te acompanharem e converse com os mais velhos nos botecos. Não deixe passar do ponto os ônibus e aquelas pessoas que você pode se ater enquanto estiver por aí. Do menor, ao maior, da aventura com a vizinha, à paixonites de um nova pequena qualquer. Nenhum sentimento é menor, se a gente é maior. Mesmo estando longe, você daí mesmo, é só cuspir no chão, não pedir um cigarro e pensar na mãe terra. É ser sempre confiante, sempre receptivo, olhar sempre em frente e os decotes das que passam. É comer uma dieta leve, ir sempre ao médico, não cometer excessos. É internar as dores no asilo, ler a filosofia alemã e estampar no peito a bandeira de algum partido. É viver sem reclamar das coisas e ter a atitude de um vencedor de fórmula um multimegamaster milionário.

Mentira.

Não existem fórmulas. Existe a pancada de um bastão de concreto na cara, que é chamado experiência. Até lá, vamos formulando fórmulas, eu aqui barato e inerte, você aí, só e só.
Por enquanto, só enquanto. Deixo amanhã pra ontem. O agora é pra ser sentido feito uma faca desnecessária na barriga. Sem escolha.
Por enquanto, só enquanto, dividimos bobagens, Noel Rosa, umas dorezinhas de cabeça e uma cerveja imaginária nos inícios de noite. Torcemos um pelo outro, as roupas pra estender no varal e os pescoços de quem merece. Cremos nas coisas que nos ajudarão e esperamos nos encontrar em breve num meio-fio qualquer, de Minas ou de Marte.

Só lhe desejo boa sorte, roupas secas e achar dinheiro nos bolsos de vez em sempre.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Lenga-enga-enga nº 29 _ ecos vozes vultos de uma suja


_(DES)perto-a-dor é, não de passagem a ti. Sabe ,(pequena suja), O chocolate nunca vai acabar... Deseje para si o sab(hor)ror do jiló.
*Saindo de seu casulo multicolorido, exclama da boca nascente*_Mas... Como posso querer jiló?, *lambendo os dedos amarronzados de carbono e chuchu*, disse sábia(mante) *trazendo o gosto ao ventre*.
Assim, permitiu-me regurgitar_Não há essa diferença, o ar traz o mesmo gosto deste teu chocolate. Gosto de morfina. Da morfina deste Tempo.

Assim ela saboreou a eternidade, desligando-se das palavras.
Saboreei voyer a dor. A dor concreta entre os dentes. Dentes da outra.

De quem nunca se deixará chegar aa boca o gosto do sangue.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Lenga nº 121320 - hidroclorídio

Pintar as flores e os amores
             com sangue e tripas
dos vencedores.
Cavar os rios, petróleo, ouro
O pó perfeito
    construído

Cantar as dores e os sabores
    com riso e dentes
dos vencedores
A correnteza, mar, areia
O sal no rio
    emudecendo

Partindo em punho
cerrado a alegria
alheia a todo
mal imposto

O perdedor graceja
Seu fim, saída

sábado, 24 de setembro de 2011

Ser um cão



Conheço na porta um cão, no vão de nove e meia. Canta comigo cantigas de ontem, a me ver, em mim, animal passeia. Era sorte, era a morte, batendo aa porta, o carvalho, o toc, o toque. Lembrava o campo, que não cresci. Lembrou o concreto em que vivi.

Lá vi, segundos passados poucos, mais sossego, patas moverem-se de vez  em vez adentro, na forma de mãos, dez dedos apertando, apelos e olás. Caninos no sorriso, sorrisos caninos meus. Meu rastro rosnador, era ele, era eu, espelho amargo do ontem.

Que me contem, num mote, que veria assim labrador, fila ou mastim. Dálmata, de palma preta. Chiuaua au au. Basset ranheta. Não, não veria, tomba lixos, vira-lata, cão canastra. Mestiço místico. Milagre em cores multipálidas, multivívidas, miscigenadas, vivendo de cuspe e caridade.

Carecendo apresentar, os olhos pretos sórdidos, os olhos puros do mestiço. Vendo um mundo humano, agora, polegar opositor. Nunca opondo, nem depondo a malandragem, a dragagem, passado precisado para - o sobrevivendo então, vendo agora as cores sem preço. Triste d'a chuva não as ter.

Atém em mim o minuto. Bacantes tratantes cantam. Nossas formas, bossas, ateus. Passos no passeio sem raça. Passos nossos, nesse deenea meu e teu. Mas sabemos de Valquírias, a subir nesse céu a cantar na pós batalha, antevisita, antecanina, ontem humano. Lançando restos de banquete em meu tapete. De Vikings vixens visigodos e dervixes. Entreolhamos.

Aa caráter avança aos restos, ao lixo, costumeiro. Deixo o banquete, avanço conjunto. Alimento dos impróprios, dos vassalos, de nós dois. Beiro o paralelo, me encho de pelos, arfo, rosno, cumprimento o meu dono. Livre, deixo a casa ao novo morador. Para amanhã voltar, e recomeçar na linha um.





segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Lenga nº 171 - Mala



Ergue
se
O pendão contínu
...ooo...
Dum velho jeito brasileiro
De querer-se
ser
Mala(ndramente)
Perdedor consciente

Assim sigo poeta
mente
incólume der-r-ot
ista,
E tão outros
tistas
Amém.
(te)

domingo, 18 de setembro de 2011

o outro, o eu, o débito

Andre Kertesz _ Shadow Self Portrait



o inferno com cheiro de jasmim e anil morre e encerra em si todo o nome
[da ignorância
seja ele um não saber seja ele o não saber é aquilo
[que não tem resposta
pras coisas feitas sem ser si no inferno, na verdade, não tem cheiro, cor, rastro
o inferno não tem memória
Acorda todos os dias em nós e desperta de súbito, sem vermos
Então pagamos seu preço, sem culpa, culpados
Todos os dez vinténs.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Talvez por isso se precise de homen fortes e que chorarão na hora da sombra. Com seus chocalhos, feitos por seus pais. Com sua Força, feita por seus pais e consumida pelo mundo.
É por ignorância sim, que todo o inferno do outro, é em si não um cheiro, mas uma potência de cheiro. É por Não ter respostas que criamos essa fantasia e balançamos nosso presente barulhento, fazendo um barulho que evocará de nós a nossa própria hora da sombra.
Evocará o mal do mundo pela mão do mundo numa pergunta que responde o mundo. De um modo que o pedido seja da vontade de si, e de nem um outro a caminhar por suas mãos. O rastro é de quem deixa o rastro. A mão é a de quem levanta a mão e a vontade também. O inferno aparecerá, sim, um dia, em todos nós.
O inferno frio, o inferno frio, o inferno frio.
Se assim for, pela mão de quem tem vontade, que ele apareça, que se lembre, que se fale, que se deseje o próprio inferno. Não de si, mas dos outros, não dos outros mas de si. Que o pesadelo seja consciente e a dor na carne seja consciente. Que o débito seja pago com sangue. Sangue consciente,  e então o choro invada, mas um choro consciente, vindo sem embargo, mas por desejo.
Que a sombra inunde, então, o homem consciente na hora da sombra. Um homem sem débitos de vintém algum, sem culpa que não a sua de ser si. Que a sombra envolva sua força e chocalho e sua sorte. Que a força e a lágrima corram pelas mãos da sombra. Sem cheiro de mão. Pelos tentáculos da sombra. Pelos frios, frios, frios tentáculos. Sem cheiro de tentáculos. O anil sem cor, anil gelado dos olhos da sombra que engula um homem livre de si e do mundo, que o anil sem cor, anil gelado engula um homem livre de si e o outro. Que este anil venha a expelir um homem livre e consciente. Culpado, livre e consciente, de ser culpado livre e consciente. Que se devolvam os vinténs.
Que se pague os débitos com a culpa e a ignorância. Do homem que agora sabe.

sábado, 20 de agosto de 2011

Lenga nº π - Cálculo Renal



De dois em dois em dois quarteirões - passando pela rua dos coqueiros - as rotatórias me lembram, bem, me lembram, que eu nunca soube a fórmula de seus tamanhos, tão circulares - Sabe lá - Imagino um bom queijo curado e um café pra acompanhar aas quatro e quinze sentado no sofá de couro pardo dos meus cinco anos - Vale mais a prosa do ontem que que a grafia dessa matemática fajuta pública - Xingo, lembro de cálculos - que me eram renais - de quinta a décima séries. de pronto. Aparece-me um P***. Duas vezes. Ao raio que o parte ao meio. Num segundo agora, o grão torrado é mais importante. São dois metros e meio.

domingo, 14 de agosto de 2011

...e e guia-me pela senda tranquila.

Tudo é uma senda
Não sendo, não vale

Sendo, é senda.

Se vale é, é esse
no meio de minas

E eu abro meus olhos para o vale
de novo
desse vulcão incrustado nas minhas minas
Me embebedo dos morros,
saudosos morros
de minha grandiosa infância

Comemoro e bebo
os presentes
Choro e bebo
os ausentes
Na presença da saudade

Fácil de matar
Fácil de invadir

Invado
Invado a distância à golpes de roda
Invado soturnismos à golpes de vinho
Invado meus quereres à golpes de pena
Invado ...
    Invado ...
Divido.

E retorno ao planalto, o velho planalto
Onde a senda aguarda
Sendo a cela

E confirmo que tudo é uma senda
Não sendo,
não
vale

Sendo, é senda.

Se vale
é, é esse
no meio de minas

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Liquidação de fim de férias:



Vendo minha van
filosofia, modelo 1989
Tenho espaço
para Marx, Plutarco, Sêneca
Além do tiozão do boteco
Severamente

Come pouco
na estrada e faz bem feito caminhada
Para você
que tem dois trocados na jaqueta
e bebe tanto
quanto todos nós

Entende-se comicalmente o universo
Come-se
a farinha do desejo
Come-se
o mundo em tiradas de hashi
Poucamente,
mineiramente,
o eu

Esse eu
que vendo,
como os dezesseis lugares
na van filosofia
Em todas,
vãs,
tentativas de ser
Embriagado
Religiosa
mente
sábio

O testamento
Do bom samaritano
Do hoje

Barato

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Dicas de Quintal

Antero de Alda - poema do guarda chuva aberto

É importante preservar a palavra em pó. Pulverizar. Mesmo que a grafia, antes presente que tardia, herrada assim herdada, enrede um textinho mequetrefe. Mas que seja na língua doce do pois pois, Meu tatatatatatatatata(bumbos e pratos à postos)tatatataravô, Sêu Luís, cegueta, língua tão esquecida, esfaqueada nas têmporas, nas crases, nos hífens e na inabilidade de conjugar uns verbinhos.

Assim, saiamos deste quintal e façamos contatos de décimo grau com alguns bons quintais, diferentemente do meu, que continua mequetrefemente lengalengoso, pulverizam esse bom portuga, ainda se agora com um piercing a perfurar seu músculo motor.

Boa leitura!

http://cafecentralissimo.blogspot.com/

- Belas listas de pensamentos espontâneos pescados

http://carlosvinagre.blogspot.com/

- Pena jovem, de boa risca

http://xicosa.folha.blog.uol.com.br/

- A bem posta  realidade, daquele que é uma mistura de Hitchcock com o que a há de mais ruim nesse mundo

http://carpinejar.blogspot.com/

- Finos relatos do profano

http://blogdogalhardo.zip.net/

- Mestre da ironia, pai do Chico Bacon, o melhor quadrinista de todos os tempos e quiçá de Bruzundanga

http://malvados.wordpress.com/

- Bom Humor Negro

sábado, 4 de junho de 2011

Exercício matinal

Shh

empíricamente retorna três tragos da última noite, que foram aos canos de descarga. retorna porque a mesma marca receberia de volta o troco pelo desperdício. esse dia fresco do ano viu no papel engordurado da padaria, desnecessáriamente, mal pelas lentes escuras, escondendo olhos vermelhos. doze de agosto, sexto dia semanal, o sol a rachar a pele e o bolso, mais uma vez, escapando alguns dedos na coxa esquerda. sentindo peso em algum dos lugares, vagava um segundo mais na rua central, mesmo que cheia de obstáculos presentes e invisíveis, para entender vagamente se as pernas ou os braços deixariam sair alguns gramas por vontade própria, de si, ou daquele sorriso que vira todos os dias em epifanias. era mais fácil comer cactos in natura. é mais fácil uma narração descritiva que prestasse alguma substância a algum interlocutor que queira se situar e desejar uma história, mas mesmo assim o cachorro que acompanhava a leitura explicava os pontos e as vírgulas, bem postas, e a desnecessidade de um ponto final ou parêntese em relação a desconstrução da narrativa moderna e a vanguarda, mantendo o estilo do português validado por Saramago.
mas era, em ressaca brava ou mansa, alguém teimoso e antiquado feito uma porta talhada em mogno.
por isso chutava-lhe os flancos caninos, fazendo-o correr em direção aa rua para deixar continuar a martelar um sorriso e os diversos sabores de muçarela, não comera carne aquele ano, se contendando sem saber ao queijo mais barato, e nem comeria a não ser a dela, antropofágicamente a de seu sorriso, que enfrenta e torna desprazeroso o contar de um todo, a tornar o amargo relato um clichê de corações partidos.
Resolvo então não contar de seus desesperos, farto do ouvido e do lápis. Entende você que a amargura é demasiado cansativa e não poderia rever a ladainha comedial romantesca, em linhas num blog qualquer ou em folhas de livro.
Ao tentar tomar o ônibus, mato-lhe a golpes de borracha primeiramente, posteriormente a backspace no lobo frontal. e seu espírito paira bruscamente com o nome de Nada em torno de sua mente. da minha também.
Afinal, cure, a mim e a ele, de uma ressaca e não o deixei com essa laidainha aos olhos.















segunda-feira, 28 de março de 2011

Farenheit 451, a biblioteca futurista de Brasília e o seguro de um Fiat 147


Incription de Diane Samuels



Celulose, água, cola e ... VOI LÁ! Adivinhou? Sim, peças de museu.
Já a dois anos a biblioteca nacional de Brasília tem suas ferramentas presas por um vidro, impedindo que elas trabalhem nas nossas mentes, afinal, seu sentido de existir.  A lengalenga regurgitada pela zotoridade (in)competentes – causa do sono de toda produção pecuária sul-mato-grossense – é que não foram instalados mecanismos de defesa contra roubos – nesse curtíssimo espaço de tempo – dos preciosos, leia-se presssciosos livros, tornando todos aqueles quilos de sequóias prensadas uma só obra de arte futurista, sarcástica e no auge da moda procrastinável pública. Totalmente horrorshow.

A comparação que fazemos agora – eu, você, nós dois, três, dez- é a daquela sua avó, ex-triatleta, campeã olímpica em Berlim, que adquiriu osteoporose nervosaguda e que vive num apartamento ao lado da Praia do Forte. Assim nossos amiguinhos folhudos devem se sentir. E é assim que a loucura de Ray Bradbury, que conhecemos pelo nome de Farenheit 451. Os livros, o fogo, o fogo quente aos ”perigosos” livros. Mais válido que essa prisão sádica numa lan house governamental. Uma piadinha de mau gosto que força comparação os desejosos leitores a cachorros de rua, olhando um frango gordo girando num forno de padaria.


Horrorshow mesmo seria esse fim imaginado em Bradbury. Um fim digno e tão simbólico como no conto do inglês. A queima desses objetos subversivos, redentores. Daríamos o Valhala aos livros, no fogo puro, retirando-os do seu limbo eterno que os impede de sua função, seu pressssciosismo é válido, muito mais válido ao pesquisador, ao estudante e ao sedento, que às prateleiras da biblioteca nacional de Brasília.
Partindo desse ponto, deixo ao amigo a frase do filósofo Confúcio, grande armador do Pinheiros de setenta e oito, que ajuda na reflexão:

“Um livro preso na prateleira é tão útil quanto o seguro de um Fiat 147”







quarta-feira, 23 de março de 2011

Lenga Nº 17 - Mata. Mata. Mato!



Me desculpe madonna*, não participo dessa coisa verde toda não, só aceno de longe.
Mato bom, sim, pra cigarro de palha, que, em desculpa, serve pra me espantar os mosquitos. Que em desculpa, me serve pra pensar n'água correndo e nas moças achando maravilhas, sem ver, os borrachudos sorrateiros comendo-lhes a carne tenra, visível.
É, mato bom pra pensar na coisa toda d'um canto de passarinho, no acasalamento natural, chamar tanta atenção quanto um chevette prata, e ver que tudo é mais perto que a gente pensa.
Bom pra lembrar do cheiro do escapamento e, escapar de volta, quando o céu escurece e o luminoso é mais importante, interessante, instigante, que qualquer lareira.
Queria ser verde minha madonna, mas acontece que aprecio o sujo.


*Não, não é essa madonna.

terça-feira, 22 de março de 2011

Lenga N º 6 - Existe?

Escher




Há de haver muitos hãos entre Ázes. É sempre o a que nunca houve. Átrio, ventrículo direito, tricúsipide, tríplice trapaça. Há, houve, existe. Eterno não ser. Eterno Solilóquio, que perde o sentido só, sendo esquecido o significado.

Não sei o que é solilóquio.

"É gato preto no escuro", a mesma história do Guimarães. Garanto. É o resto do fim da guimba do Guinga. É a festa de cupim em rocha de ferro. É faca de gume cortando, um já perdido jasmim.

É pau, é pedra, é papel, é o fim do prelúdio.




domingo, 20 de março de 2011

Lenga Nº 11 - (in)atividade poética



Esfereográficamente garranchos à bic. Doze letras pro soneto, não dão dez sílabas. Troco por Times New Roman. Já não tenho nada concretista, afinal. E as flores são estranhas nessa tela sem cheiro.

segunda-feira, 14 de março de 2011

O apanhador de desperdícios - Do Mestre Tio de Barros

De David Fuhrer



Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água pedra sapo.
Entendo bem o sotaque das águas
Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim um atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios


Obrigado por me dar esse inutensílio e essas tralhas tão incríveis, meu tio Manoel de Barros.



* Pela primeira vez o verbo de outro poeta invade este quintal sem que por minhas palavras. O faço para conversarmos na próxima atualização, numa prosa informal e pessoal.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Variações de um mesmo tema.

Os textos a seguir são fruto de uma cochilada no sofá de minha mãe e, para trabalhar um pouco do que foi, neste sonho, dito, tratarei de duas formas as mensagens, que são encontradas abaixo.

Sextante 0




Sextante

 Encostei ca ta ma ram
A encontrar carmim o mar
Encardido, sórdido
Bravo verme
Herói
Marcado em mensagem, o mar vermelho
Mordido de ondas
Sondado por fim
Uma mensagem ardida, de ouro
D'um frio lastro sem valor
Na fina camada de festim

Navego, não vivo

Sextante 1



Abriram os portos, meu catamarã lançou-se ao carmim. Era bravo, era sórdido, enfim, herói.
Não Havia, para mim, thelemáquia, ou mesmo Brobdignag. Havia uma mensagem que, vinda de um céu, eternamente poente, gravara em minha pele desbotada seu código, a aço frio, a ouro frio e a mercúrio.
A vela carregava estandarte azul e prata, que a luz agonizante ainda faz luzir o brilho cinza. O gosto de ferro, carne seca, peixe voador. Sabia que deveria navegar e, só em meu pavimento, ao sabor das ondas, seria portador do que me marcava em código na epiderme.
Não quis botas, chapéus, brasões. Segui tal recém-nascido atônito em recém-nascido mundo, Viveria, mas isto não era preciso. Não será. Em diante, de agora, caminho carmim aberto. Sem ilha, península ou continente.
Até passar a mensagem.
Até consumir-me de palavras.
Até encobrir-me a tempestade, assim rubra, de uma afogar enérgico, fulminante, para não me debater, nem lembrar, nem voltar ao porto.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Lenga nº 7 - Amor corporativo



Bateu duas vezes. Caiu no chão. Sangue para todos os lados. Nunca lhe aconteceu. Amor corporativo, longe do comum. Era vermelho, num mundo preto-e-branco-e-preto-e-branco na luz fosfoforecente, ascéptico. Tremeu, gaguejou, balbuciou, parou. Pediu protocolo. Aval de supervisão. Morreu com três vias, registrado em cartório.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Estilhaços



Parto para partes' algumas

Levo leve lata de' coisas

pedras pretas pontudas' são

Medonhos mantras no meio' do caminho,

Esbarro no barro o braço' na pedra

,cai a lata, atolo a graça' na redenção

Estilhaço' meus sonhos

também' medonhos.


* Espere até 0:10 para começar a ler
* a apóstrofe marca o fim e o começo de um e de outro poema, que também pode ser lido não a levando em consideração, como um poema só)






O blog ficará mais parado, a produção continua, o retorno é certo.

Esse quintal vive em todos os quintais.

Lenga nº4 - Movivento



Foi entranhamento em pleno passo de dança, contei até darem dez mil giros. Víamos pétalas, sépalas, caule solto. Era de se admirar, grandioso, transbordáva-me d'água os olhos. Me perguntei, então, por que bugalhos não chamava d'outra coisa que não frô?
Até o presente momento, não parou de girar. Mantive posição de vento.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Pálpebras pesadas




à meia luz de candelabros de papel e tinta e fosfato
na mente de um sem rumo
pousam dois sonhos sórdidos
iluminados fracamente
pois a mente já descança
e pensa sobre sonhos de sonhos

sábado, 29 de janeiro de 2011

Onde vejo Flores



Beijam-me as pálpebras de um súbito clarão. Era flor, força, inconsciência
Pesando um sono, deito-me num chão
Num baque seco arrasto a poesia
a inconsistência

Consisto de pequenos milagres e ver tal ato de nobre arte
da natureza que em mim parte
carregando por todas os lugares
a incandescência

É sopro bruto no jardim de pétalas
Batendo forte sobre mim
É bruta força no pouso de borboletas
E a chuva que cai
Enfim

Aflito, a fortuna recai numa dança, balançando o caule e a coroa
E na leveza balança
Ao lado da grama baixa, o canto ecoa
e se segue a presença

Quem viu, de verde e variados vermelhos, uma dança do vento ou sabe o que
meus sonhos pesados, meus campos regados, meus poemas rasgados
Quem desperta poesia, incerta rebeldia, meus deuses ateus
É uma flor pequena que mora no Reino de Morpheus

É sopro bruto no jardim de pétalas
Batendo forte sobre mim
É bruta força no pouso de borboletas
E a chuva que cai
Enfim

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Rain Song e o ciclo


Se existiu alguma coisa que apurou meu ouvido foi o Led Zeppelin e o Pink Floyd. Não me esqueço do dia em que peguei The sounds remains the Same e Meddle para ouvir. Toda a estranheza do mundo recaiu sobre meus ouvidos. Eu estava acostumado ao Punk Rock barulhento, grunge deprê e pop rock repetitivo _ vide Offspring, Nirvana e Skank, que ainda gosto, apesar de ser meio repetitivo _ e menos de 5 acordes por música. Foi uma revolução com direito a queda dos 3 poderes e instauração de novo regime: Conhecia o Hard Rock e o Prog.
Entre essas duas bandas monstruosas, lembro-me de me interessar mais pelo Led, talvez por não ter ainda um ouvido apurado e gostar de todo barulho que uma Gibson podia fazer. O engraçado é gostar tanto de uma música que prima mais pela sua harmonia e melodia.
Rain song é, talvez, a música que mais escutei do Led Zeppelin até hoje _ não, não sou fanático por Stairway to Heaven, e digo escutar por livre e espontânea vontade _ e possui uma das letras mais poéticas e metafóricas da banda. Para aproveitar a sequência de temas sobre a chuva _ semana que vem publico uma crônica que ainda não terminei _ , nada melhor que lhes apresentar essa jóia do quinto álbum do Led, e meu favorito, Houses of the Holly, de 1973.
Os arranjos foram compostos por Jimmy Page e a letra que, além de várias interpretações, é uma alusão às fases da vida e dos sentimentos de uma pessoa, foi escrita por Robert Plant. Há também o suave e envolvente Melotrom de John Paul Jones e na bateria, sempre fantástica _sim, eu acredito que ela ganhava vida nas mãos de_ John Bonhan e sua habilidade épica.
Para quem se atenta à letra, muito bem escrita e com um ritmo simples e grudento, nota-se, num primeiro momento, aquela velha baladinha sobre amores eternos, o que não deixa de ser verdade. Porém, do que realmente fala a letra é de um crescimento espiritual em que passamos pela vida toda, e o amor, ou o conhecimento da verdadeira vontade, em nós mesmos. Seguindo um princípio simbólico, as estações do ano, descritas na música representam essas fases, a exemplo do fogo que queima na primavera, representando a juventude, ou o verão que tudo clareia, afastando as trevas, ou seja, a representação da chegada da razão, maturidade, para uma pessoa. No inverno, estação em que a vida se torna mais difícil para os moradores do Hemisfério Norte, Plant fala das dificuldades, o frio, e da obscuridade que enfrenta para a chegada da clareza, alva neve, que o rodeia durante o inverno. Não existe comentário direto sobre o outono, que é, em muitas culturas, a estação do ano que representa a morte. Entretanto, na estrofe final existe menção à chuva que deve cair, representando então o outono, estação do ano de muitas chuvas mais ao norte na linha do Equador. O que não dá sentido de morte, realmente, mas de renascimento, que é representado pela tocha que o autor clama devermos carregar conosco para sempre.
A música em si não fala de um ciclo completo_ Nasce, cresce, envelhece, morre _, mas de todos os dias, de um ano, de um ciclo não determinado em que uma pessoa evoluirá e que essa chuva, mencionada no título, regará e será responsável por esse crescimento.  Ou seja, assim como representa morte no outono, representa renascimento e força.
Recomendo ouvi-la repetidamente em seu quintal durante uma madrugada de chuva, levemente ébrio e em um dia de reflexão.






http://letras.terra.com.br/led-zeppelin/80031/ - Letra na íntegra e com a opção de tradução.

Curiosidades:

* As primeiras duas notas da música foram "emprestadas" de Something dos Beatles, em homenagem ao grande fã George Harrison, que havia comentado com John Bonhan a falta de baladas nos discos da banda.
* Essa é, segundo Robert Plant, seu melhor desempenho vocal em uma música.
* John Bonhan toca com as famigeradas baquetas "escovinha" durante toda a música, inclusive quando ela fica mais pesada nas estrofes finais.






quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Pluviolologia




Dá-lhe a chuva a quem vem de baixo
o grão de água
Há quem veja o belo no feio
            o otimista
E a quem nasce para cima, torto ao sol
                             o crescimento

Há quem veja copos cheios de nada
                      o pessimista
Dá-lhe a medida na seca, sempre bem-vindo
         o milagre
E que dos pingos no solo lhe faça juz
                 O silêncio

Déc-adência


 Eu sou só e o sol
              o sol no solo
                    o sal do solo
                              da sobra, o sal
E por aqui ninguém aparece às terças-feiras

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

(não) Ouve-se


Você pode me ouvir? Não é dissonante, não é pra dançar, nem é muito interessante mas... você pode me ouvir?
Melhor é silêncio
Não convém desdizer ou digerir, bem dizer, retribuir, você com esse fone enorme, você pode me ouvir?
Melhor é silêncio
Não é preciso megafone ou microfone ou telepatia, é tão simples: Você pode me ouvir?
Melhor é silêncio

É para passar pelo ouvido externo, pelo interno, martelo bigorna estribo, cóclea nervo auditivo
Melhor é silêncio
É para passar pela audição, razão, consciência e reflexão
Melhor é silêncio
É para bater raivozamente, verborragicamente, intransigentemente na hipófise e voltar
Melhor é silêncio
É para bater raivozamente, verborragicamente, intransigentemente na hipófise e voltar
Melhor é silêncio

Você pode me ouvir? Não é impressionante, não te faz melhor, não é importante, mas você pode me ouvir?
Melhor é silêncio
Lá na sua casa, em Paracatu, lá na Papoásia, em Santana do sul, mesmo de tão
longe, você pode me ouvir?
Melhor é silêncio

Você pode me ouvir? Melhor é silêncio
Não precisa entender, não precisa repetir, não precisa responder, não precisa reagir, não precisa rebater, não precisa contrair, não precisa se esconder, não precisa discutir, não precisa combater é só preciso me ouvir que


É para passar pelo ouvido externo, pelo interno, martelo bigorna estribo, cóclea nervo auditivo
Melhor é silêncio
É para passar pela audição, razão, consciência e reflexão
Melhor é silêncio
É para bater raivozamente, verborragicamente, intransigentemente na hipófise e voltar
Melhor é silêncio
É para bater raivozamente, verborragicamente, intransigentemente na hipófise e voltar
Melhor é silêncio

É para passar pelo ouvido externo, pelo interno, martelo bigorna estribo, cóclea nervo auditivo
Melhor é silêncio
É para passar pela audição, razão, consciência e reflexão
Melhor é silêncio
É para bater raivozamente, verborragicamente, intransigentemente na hipófise e voltar
Melhor é silêncio
É para bater raivozamente, verborragicamente, intransigentemente na hipófise e voltar
Melhor é silêncio


(Diga o texto em voz alta, a partir do 0:11)

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Lenga nº3 - A pulga na caneta

Pulei numa esfereográfica. Enquanto contava isso, ouvi uns lamentos. Seria um suicida romântico? Um excêntrico realista-fantástico?
Que Merda de vida!. Acabei morrendo na barriga de um sapo parnasiano.
E eles nem existem mais.


Femme Bomb: O quintal de Vênus


Assinado por Mayumi Souza o blog Femme Bomb traz as perspectivas que rodeiam toda sorte de mitos e abismos do universo feminino, tratando ludicamente dos dilemas e sensações do gênero forte e intenso da natureza, sempre a partir de uma receita simples que leva acidez, amores de todas as espécies e o um universo tão rosa quanto choque.

Um trecho para deixá-los na vontade:

"(...)É quando a moça não pinta os olhos, é quando todas as paredes do quarto ficam em tons de nude, são os milhares de rostos inexpressivos. Silêncios são para provas finais, salas de espera de hospitais, bibliotecas…(...)"

Não cometa esta gafe!
Publicado em janeiro 5, 2011

http://femmebomb.wordpress.com/

domingo, 23 de janeiro de 2011

Poema cretino sobre a volta das férias




Tela, Tecla, Branco, Papel, Caneta, Nada, Tela, Tecla, Branco, Papel, Caneta, Nada,Tela, Tecla, Branco, Papel, Caneta, Nada,Tela, Tecla, Branco, Papel, Caneta, Nada,Tela, Tecla, Branco, Papel, Caneta, Nada,Tela, Tecla, Branco, Papel, Caneta, Nada...

Embate!:

Punho em riste
dedos de aço

Vaza poesia
N'alma de palhaço

Ai de mim
Rima ruim!

Poeta ruim
Polenta ruim

Comi minhas aliterações!

Percebo-me indigesto,
Retorno Vencido

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Conversas, monólogos, definições

Redemoinho próximo a Alnwick, Northumberland, Grã Bretanha


Segue em anexo uma breve definição sobre nossa possível próxima conversa:

Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não, Não e, por último, mas não menos importante, Nunca.

Desde já, grato.