quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Lenga nº 2222 - grito mínimo



abro o peito, a árvore e grito:
Pois que sim, sou seu senhor!

retorno feito coca um litro:
Pois que sim, sou desertor!

E alguém lhe diga, a mim:
_Ó moço, se esqueça
a poesia a pena tem

_de mim?
_E de quem mais não?

-saiba-
Na mão do tempo, sou areia
que a ampulheta desistiu de contar

Abro o parênteses, choro e canto:
Pois que sim, sou gozador
tem pena d'eu, poesia

Que algum verso é teu pra variar.

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