quarta-feira, 27 de junho de 2012

terça-feira, 26 de junho de 2012

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Conta de Luz



poesia em largo tato
no maquinal dia fátuo
é a malandragem
[de bem gastar
o afeto e o fosfato

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Cronista de Quintal facts.




Comemorando as 4mil visitas, aqui vão algumas

CURIOSIDADES CURIOSAS DO CRONISTA DE QUINTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAALLL!!!!




_ O autor é atleticano até a hora indesejada, joga no Tigre no jogo do bicho, é fã de Samuel L. Jackson, sente saudades da TV Colosso, tem mania de rir da desgraça alheia, não acredita numa segunda vinda de Ingmar Bergman, leu Paulo Coelho, e nunca mais teve problemas com fogueiras no quintal, já zerou Killer Instinct em 28 minutos, acredita ter conversado com Graciliano Ramos numa loja em BH e era bom em química orgânica no ensino médio.

_ 15 países diferentes foram detectados pelo blogspot, sendo que o blog recebe a visita ilustre de um Tcheco toda semana. Para você, meu amigo eslavo:
"Děkuji vám! Také dal něco o Peter Čech."

_ O Blog não possui moderação nos comentários, não apagarei xingamentos, nem propagandas, nem panfletarismos, nem mensagens de amor ao curíntia, fiquem à vontade.

_ Era pra ser um site de crônicas, mas, segundo resolução oficial, foi considerado pela cúpula do G20 + Pasárgada que poesias são crônicas esquizofrênicas, portanto o blog ainda é de crônicas.

_ O Stormtrooper da foto é aleijado da perna direita. Luke, você tem o lado negro da força dentro de si.

_ As imagens só começaram a aparecer em 2010 porque meu computador era movido à querosene.


_ Foram gastos os seguintes materiais para a produção do blog até então:

* 362 maços de cigarro.
* 1282 latas de cerveja
* 3 garrafas de Stanhagger
* 10 quilos de amendoim japonês
* 3590 litros de café preto forte
* 2 garrafas de whisky barato e ruim
* 2,5 kg de Bicarbonato de Sódio, para ressaca.
* 2 caixas de estalinho
* 1 papo bacana com Jim Morrison depois de tomar um vidro de xarope Vick e comer um saco de bala de goma de ursinhos.


Alguns agradecimentos:

* Tio do caldo de cana, que me deu um caldo de cana com limão na praça Sérgio Pacheco, quando estava de ressaca e sem dinheiro

* Pessoal do posto da Getúlio, pela cooperação bacana com a falta de moedas.

* Meus amigos do Red Lobster's Club, sempre bancando uma cerveja quando eu tô duro.
(Douglas Miranda, te devo um Jack, um Ballantines e um Jim Bean; Macedo, te devo 750,00 Reais; Elias, te devo 350,00 Reais; Fernando Martins, te devo umas cervejas stout, um dia eu pago)

* Beth, a fornecedora dos livros e textos esclarecedores, principalmente aquele do Bradbury.


* Natalie Portman, pela inspiração bacana.

 

A todos,

obrigado!

agora o quintal tem pomar, churrasqueira e vista para os montes de Pasárgada.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Le-Le-ô




Ninguém me avisou
de Paulo Bigode.

Se 'cê lê Leão
aqui e ali,
Lê Leminski.

Alá e Odin!
Que malfeita danada...

Se cê Lê Leminski
Não lê Leão
Lê a visão
boba, porca, escrota,
de J. Pinto Fernandes

que faz chover no seu piquenique

vrido



conforme a vida
vidro sintético

Eu

um refém do tédio,
um estilhaço.

amor nos tempos do sutiã com senha



um porre
no prato
a peste

ai do amor vadio
que tu me vestes

quero a dor
ardor, querida,
ardor!

não essa merda rala
que tu me destes

um soco
cruzado
a vácuo

ai do amor besta
que tu me lêste

quero amor
a mordaça, querida,
sem pudor!

não esse sutiã
difícil de tirar
que tu te vestes

toma doril



a palma
a planta
a pátria
a puta que pariu

e você prostado na frente do visor

comendo a merda do locutor

dançando a cúmbia do exterminador

e a dor meu filho?

e a dor?

terça-feira, 19 de junho de 2012

Memória Chorumecida




Uma tristeza bateu
knock out
no poeta a viver de bagos de feijão
amargo

Uma prece morreu
ring out
numa capela a luzir fria num porão
letárgico

E se é pra cair no chão
só pra tirar um sarro
vou fazer ela limpar
meu sangue
suor
e catarro

E se é pra ficar na mão
ironia do nosso entulho
vou fazer ela lamber
meu choro
sua dó
e um esporro

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Sobre afundar

Cantiga popular:

A canoa virou quem deixou ela virar?
Foi por causa do Leão que não soube remar
Se eu fosse um peixinho e soubesse nadar
Eu tirava o Leão do fundo do mar...


Quando quedar
vinte mil léguas submarinas
a água verde saltando
farta das narinas

Ainda no mar,
da mãe Catarina
naufrágio vermelho
Esperando a Ondina

Da perda risonha,
lembrarei convicto
estranho, estático
medroso e aflito

Que se perde o amor
deitado na rede
com cobre e latão
não se mata a sede

O que resta
é grão de resina
menina poeira
no pé da marina

O que resta
também determina
menina sem eira
verde na retina

Poema de amor, direto do lixo



Partiu
Feito faca quente
em manteiga da geladeira
e, com sua bunda larga,
Afiada

Comeu
Um naco de tripas,
e da barriga vazia,
com sua boca de hipopótamo,
numa só dentada

e deu descarga
na sujeira vermelha,
feliz feito o cão
chupando os dedos

depois

Atirou
Calibre pesado,
ali, bem no meio do peito,
no moço com seu caderninho

e deu de costas,
feito Clint Eastwood,
sem receio

Morreu
Esse mesmo idiota,
digitando no sangue e com um cigarro barato e cervejas baratas e um sorriso barato

poemas de amor, direto do lixo

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Sobre as crenças.




Por uma perseguição imoral
eu, baixo,
sorrateiro
e anormal

Atinjo os teus olhos
de flecha em sicuta
[a 10%
em loção matinal

Correndo nas veias
a decisão sem igual
de matar-te aos poucos
    [molé
cula
a
    [partí
cula.
bem na veia arterial

E nesse instante mínimo
confessional
Tenho que dizer que sorrio,
e é o maior dos sorrisos
o escrotal.

Mas é por ventura e honra
que Aviso:

Corra para as montanhas.
A liberdade é banal.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Os Berlandênses 2: A humanidade, depois de hoje, pode dormir sossegada.




Uma tevê passa propagandas e vídeos "engraçados" pescados na internet nas lotéricas hoje em dia. Por mais que o conteúdo seja uma porcaria, alguma força sobrenatural o torna hipnótico. Num certo momento, a tela plana enfeitiçada apontou um famoso grupo de pagode como possível dica de música. Fiz aquela cara feia, sabendo que, bêbado, cantaria qualquer coisa que tocasse onde estivesse.
Imediatamente uma senhora se põe a resmungar atrás de mim na fila:
_ Que porra de música é essa? Nunca ouvi falar. Olha o que se escuta hoje em dia...
_ Nem eu, minha senhora, nem eu _ pensei com as contas altas de luz e água esfaqueando meu bolso, enquanto pensava em seis números da sena.
_ Pois eu nem consigo olhar pra coisas assim meu filho _ completou balançando a cabeça, como que pra confirmar o pensamento. Ajeitou o cabelo, já grisalho, cruzou os braços e completou _ no meu tempo essas coisas não prestavam.
Sorri tão displicente, que as feridas na carteira até deram uma boa cicatrizada. _ E então, o que a senhora costuma a ouvir? _ Não me contive, quis passar o tempo em uma conversa besta, perguntei desinteressado e esperando ouvir um nome gospel, um Roberto Carlos, um Amado Batista.
_Pois eu meu filho, eu gosto é de um bom Beatles, Creedence, Pink Floyd, essas coisas que prestam para as pessoas ouvirem.
Uma sensação de espanto ecoou na lotérica. Naquele momento, uma luzinha foi apontada do céu, como um milagre, me senti ganhando um Kinder ovo do meu pai aos quatro anos de idade, pegando na mão da menina mais bonita da escola aos dez, zerando Zelda aos treze, ganhando cerveja aos dezesseis, sem ressaca depois de uma noite de bebedeira aos vinte.
A vida pareceu que seria melhor daquele momento em diante.
Gostaria de ter abraçado a senhora, mas me contive, ultimamente o mundo anda caótico para o afeto. Saí daquela lotérica com uma certeza: O mundo ainda tinha salvação, nessa terra esquecida por Odin.

Cena presenciada pelo autor deste texto em uma casa lotérica localizada na Av. Afonso Pena, quase esquina com a R. Goiás em Uberlândia, Massachussets.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

poema da necessidade





para querer o cão
latido
para querer o pão
fiado

para engolir o não
farinha
para entoar canção
lirinha

para modelar na mão
um nome
para amotinar a nau
a fome

para gostar da garota
Além do que se vê
para esquecer da ingrata
Adeus você

para feijoada
couve serve
para ressacada
uma bela greve

para a manhã
futuro
para amanhã
seguro

para o sul
paraná
para o norte
pará

para parar
a palma
para lembrar
a alma

para andar ao lado
paralelo
para comprar o terno
paranoá

para ver fantasmas
paranormal
para ver nas linhas
paráfrase

para não terminar
vírgula,

sábado, 2 de junho de 2012

legar




com pedaços de lego
pecinhas do ancião
montei barbudo
médio, 
são,

o vertebrado eu

um leão.