quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Farelo Translado






autodestructivos isótopos no canto da cabeça
esqueça...

uma paisagem adornada de pedras, naus e bandeiras
caveiras,

cancros, bexiguentos rotos ratos
mortos

suspiros de amor e parar no posto para calibrar o pneu
ateu

furado cujo peito perdido pede a bunda gorda
absorta

da empregada da Marina Augusta
puta

que me lembra porquês de pequeno
veneno

tomado aos poucos nos peitos loucos
das meninas

Oh senhor dos vagabundos que o freio ferre e esse semáforo desabroche em mil flores vagabundas e essa terça me mate de uma vez com um golpe de martini bem no meio da glote a engasgar as pernas enquanto correm ratazanas do Dogão do Tio João para o FastFoodMarqueteiro lotado e que antes de ver eu cegue cheio d'um branco eterno

terno
moderno traço no chão da ladeira

cadeira
que segura o paletó preto riscado

parado
na santa ceia de sapos selados no quadro

pregado
na parede perpétua do meu lobo frontal

igual
a todos os nomes que eu posso dar adeus

Ah, Deus...

fundi mais um motor

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