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Incription de Diane Samuels |
Celulose, água, cola e ... VOI LÁ! Adivinhou? Sim, peças de museu.

A comparação que fazemos agora – eu, você, nós dois, três, dez- é a daquela sua avó, ex-triatleta, campeã olímpica em Berlim, que adquiriu osteoporose nervosaguda e que vive num apartamento ao lado da Praia do Forte. Assim nossos amiguinhos folhudos devem se sentir. E é assim que a loucura de Ray Bradbury, que conhecemos pelo nome de Farenheit 451. Os livros, o fogo, o fogo quente aos ”perigosos” livros. Mais válido que essa prisão sádica numa lan house governamental. Uma piadinha de mau gosto que força comparação os desejosos leitores a cachorros de rua, olhando um frango gordo girando num forno de padaria.
Horrorshow mesmo seria esse fim imaginado em Bradbury. Um fim digno e tão simbólico como no conto do inglês. A queima desses objetos subversivos, redentores. Daríamos o Valhala aos livros, no fogo puro, retirando-os do seu limbo eterno que os impede de sua função, seu pressssciosismo é válido, muito mais válido ao pesquisador, ao estudante e ao sedento, que às prateleiras da biblioteca nacional de Brasília.
Partindo desse ponto, deixo ao amigo a frase do filósofo Confúcio, grande armador do Pinheiros de setenta e oito, que ajuda na reflexão:
“Um livro preso na prateleira é tão útil quanto o seguro de um Fiat 147”