quarta-feira, 23 de março de 2011

Lenga Nº 17 - Mata. Mata. Mato!



Me desculpe madonna*, não participo dessa coisa verde toda não, só aceno de longe.
Mato bom, sim, pra cigarro de palha, que, em desculpa, serve pra me espantar os mosquitos. Que em desculpa, me serve pra pensar n'água correndo e nas moças achando maravilhas, sem ver, os borrachudos sorrateiros comendo-lhes a carne tenra, visível.
É, mato bom pra pensar na coisa toda d'um canto de passarinho, no acasalamento natural, chamar tanta atenção quanto um chevette prata, e ver que tudo é mais perto que a gente pensa.
Bom pra lembrar do cheiro do escapamento e, escapar de volta, quando o céu escurece e o luminoso é mais importante, interessante, instigante, que qualquer lareira.
Queria ser verde minha madonna, mas acontece que aprecio o sujo.


*Não, não é essa madonna.

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