sábado, 29 de janeiro de 2011

Onde vejo Flores



Beijam-me as pálpebras de um súbito clarão. Era flor, força, inconsciência
Pesando um sono, deito-me num chão
Num baque seco arrasto a poesia
a inconsistência

Consisto de pequenos milagres e ver tal ato de nobre arte
da natureza que em mim parte
carregando por todas os lugares
a incandescência

É sopro bruto no jardim de pétalas
Batendo forte sobre mim
É bruta força no pouso de borboletas
E a chuva que cai
Enfim

Aflito, a fortuna recai numa dança, balançando o caule e a coroa
E na leveza balança
Ao lado da grama baixa, o canto ecoa
e se segue a presença

Quem viu, de verde e variados vermelhos, uma dança do vento ou sabe o que
meus sonhos pesados, meus campos regados, meus poemas rasgados
Quem desperta poesia, incerta rebeldia, meus deuses ateus
É uma flor pequena que mora no Reino de Morpheus

É sopro bruto no jardim de pétalas
Batendo forte sobre mim
É bruta força no pouso de borboletas
E a chuva que cai
Enfim

Nenhum comentário: