sexta-feira, 27 de abril de 2012

Uma ode mínima, a uma grande garota



_ Mas como que faz?
_Escreve-se uma prosa! _ mas ela não se chama rosa...
_ Então escreve um poema, mesmo ela num chamando Moema, faz uma poesia, mesmo ela não se chamando Luzia. _ ...
_ Faz mais ou menos assim:

"um pedaço vivo de intenção
boa,
vibração inquieta, impetuosa
moça,
intenção contínua que
ecoa,
pequena senhora, grande
pessoa

se pudesse rimar,
rimaria, (ri aí maria!)
seu nome com chama,
alabama, holograma, diagrama
quilograma, trama, melodrama...
mas nunca com
calma, que aí
desentoa

se pudesse te dar presente
seriam  os carinhos
das patas grandes
de uma mamãe
leoa

seria a última filha da última
petúnia nos jardins de saturno
e te levava pra ver tudo isso
numa grande
canoa"

_ É uma pena eu não saber rimar.
_ Sim, é uma pena.

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